DE ÁGUA E SAL
JULIANO COSTA DOS SANTOS
Na vertente dos meus olhos
tem um mar de emoção
è a lagrima que nasce
na cacinba coração
é de água e de sal
bem maior que a razão
na vertente dos meus olhos
corre um rio em pulsação
è sanga que transborda
saindo pra fora do leito
enxurrada que invade
as várzeas do meu peito
é de água e de sal
de tristeza e alegria
a lágrima não se resume
aos momentos de nostalgia
Cachoeira que deságua
corredeira em disparada
no olhar de quem já ama
a lágrima que emudece
é razão em tom de prece
que na face se derrama
è de água e de sal
alquimia misteriosa
não escolhe raça e cor
nasce e morre silenciosa
remanso que vem da alma
razão bravia e louca
surgiu no canto dos meus olhos
pra depois morrer na boca